A verdade é que, independentemente de quem vc eleja como o principal responsável pela aceleração da nossa enlouquecida rotina, a culpa acabará genericamente atribuída à tecnologia. Foi ela quem nos viciou na vida em tempo real, no contato fácil com qualquer pessoa e na informação abundante.
As consequências dessa velocidade incorporada à cultura moderna estão por toda parte, até mesmo nas novelas da TV. Alguns meses atrás a revista VEJA mostrou como os folhetins foram obrigados a se adaptar à velocidade dos novos tempo. A novela de 1972 Selva de Pedra da Globo por ex., abordava certa de 4 tramas por capítulo e solucionava cada uma delas ao longo de 80 cap, ou mais de 3 meses para o mocinho se declarar à mocinha. Já em Paraíso Tropical, havia algo em torno de 12 tramas por dia, e o desfecho não demorava mais do que 3 capítulos, por exigência dos telespectadores.
O Mercado tb registra mudanças por força dessa nova lógica imediatista. A última tendência nas academias de ginástica são os circuitos de 30 minutos. Outro exemplo, vem do setor de alimentação, como mencionei em um post tempos atrás sobre o aumento do consumo de fast food, o consumo de "miojo", cresceu 33% nos últmos anos.
Obcecados por velocidade e imediatismo, os consumidores tornam-se presas fáceis para as marcas que se utilizam disso para vender produto, como celulares, computadores, tvs, que ficam obsoletas bem rápido, por modismos ou por lançamentos tecnológicos.
E termino minha análise, aplicando o mesmo raciocínio que se estende a outras áreas, para o dos relacionamentos, tanto no plano pessoal quanto no profissional. Preferimos a quantidade do que a qualidade. Preferimos a reposição ao investimento na recuperação da relação e priorizamos resultados de curtíssimo prazo, caso contrário não temos mais tempo. É a famosa: a fila anda!!! Em resumo, a palavra de ordem, como dizia aquela música dos Titãs: Tudo ao mesmo tempo agora!
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