Quem lembra de Patricia MArx, aquelaa que fez parte do grupo infantil TREM DA ALEGRIA? Essa moça agora tá diferente. Talvez porque tenha passado um bom tempo em Londres, ouvindo e dançando soul, lânguida, nas casas DA turma black de Brixton. Ou então vai ver que são OS seus 30 anos recém-completados. Fato é que Patricia Marx tá outra. A voz é a mesma, aquela Linda, saborosa, mas agora, no disco novo, brotou um atrevimento que eu vou te contar.Essa moça tá decidida. “Pela primeira vez na vida, depois de nove discos solo, dirigi meu próprio trabalho e fiz um disco exatamente como eu queria”, diz ela, sobre sua estréia como produtora. Escolheu cada timbre no estúdio, ajeitou cada arranjo, fez o som que quis; o “Nu Soul”. Uma mistura de influências de soul dos anos 70 (“sempre gostei disso, desde pequena”, diz) com a levada broken beat dos negões britânicos e DA Philadelphia (por exemplo, em Wheels of Life), um suingue brasileiro sem cara de bossa-nova, letras que podem falar de assuntos femininos, mas longe de qualquer marcação cerrada ao mundo masculino. Ao contrário, OS moços foram e sempre serão bem vindos, como OS parceiros deste disco: Silvera, OS ingleses do 4 Hero, o marido, o produtor Bruno E, Jair Oliveira e o amigo inglês Ady Harley. Ouça só Menino, deliciosa declaração de amor ao filho e, por tabela, como manda a psicanálise, aos homens em geral. Ficou tão pessoal o disco que acabou com o Nome dela mesmo. Era para ser chamado Lazy Soul, e assim foi divulgado na Europa, onde o CD foi lançado previamente em setembro do ano passado. Antes de chegar às lojas, porém, virou apenas Patricia Marx, como uma assinatura do seu trabalho mais autoral. Os críticos entenderam a independência propagada em ritmos, a ponto DA respeitada DJ Magazine, por exemplo, anunciar em resenha que Erykah Badu e Lauryn Hill que se cuidem. Tem moça nova na longa linhagem de garotas que botam a boca no trombone. Como na declaraçao em outra revista londrina Time Out,“Tiny chica with grando lungs” (menina pequena com pulmões grandes).Mas o que a faz parecer leve assim, quase a cair do galho de tão amadurecida, é a filosofia que já cantava Chiquita Bacana: Patricia agora só faz o que manda o seu coração.Essa moça tá pra lá de pra frente.
http://trama.uol.com.br/portalv2/album/index.jsp?id=3701
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Um comentário:
Patricia Marx é sempre som de qualidade! Parabéns pela dica
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