quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Musica Rock no Cinema - parte 5

Filme dos Beatles.




A Hard Day's Night


Os Beatles já eram sucesso na Inglaterra, mas Epstein queria catapultar sua imagem ao redor do mundo e nada melhor do que um filme para isto, visto que o mundo do rock já tinha vários sucessos no cinema. O problema é que os Beatles não eram atores e tinham medo de passar pelo mesmo vexame que Elvis. ALém disso, os produtores não sabiam se o filme iria fazer sucesso e resolveram fazer uma produção de baixo orçamento evitando assim maiores riscos. Aí entra mais uma vez a boa sorte no destino dos BEatles e eles acabam escolhendo certo o diretor - Richard Lester - que aposta em fazer um filme simples, mostrando ocomo seria o dia a dia dos Beatles em meio a histeria dos fãs, uma gravação e outra, com um humor bem inglês, isto é, sutil e cheio de referencias. Aliado com a incrível trilha sonora recheada de sucessos instantaneos e clássicos até a última faixa, o resultado foi uma comoção similar a uma hecatombe nuclear pelos cinemas de todo o mundo. A imagem juvenil dos Beatles em sua melhor forma, aliada ao ritmo das canções mostradas em formato de clip, detonaram uma verdadeira bomba beatlemaníaca e transformou o filme em um cult dos filmes de rock. Imperdível para quem é ou não fã dos Beatles.



Help!



Depois do sucesso estrondoso de A Hard Day's Night (não me atrevo a escrever o nome do filme em português), a febre Beatlemaniaca precisava ser alimentada e resolveram fazer um segundo filme, desta vez com um orçamento mais generoso e um cronograma mais dilatado. Chamaram a mesma equipe do filme anterior, e desta vez produziram uma história tipo fantasia divertida non-sense, e mais uma vez com uma trilha sonora que se imortalizaria também recheada de clássicos até a última track. Os Beatles parecem se divertir bastante fazendo o filme, Ringo está impagável em algumas cenas, e os clipes foram muito bem filmados, alguns entrando para posteridade como a faixa Ticket to Ride mostrando o passeio dos 4four pelo gelo. Os BEatles oficializavam a invasão Britânica não só na música como no cinema.





Magical Mystery Tour


É incrível como os Beatles passaram por tantas transformações em apenas uma década. Depois da aparição sem compromisso dos 4 four nos dois primeiros utilizando um humor non-sense, eles mesmos resolveram fazer um filme. Embora a idéia foi do Paul, todos contribuiram com um roteiro bem improvisado, com a participação de atores profissionais, amadores e fãs, numa idéia de uma viagem misteriosa em um onibus magico. Sem experiência alguma com este tipo de mídia e usando apenas feeling e a percepção cultura da época, isto é: flower power, hippie, viagens lisérgicas transcendentais, etc... os BEatles produziram um filme difícil de ser entendido e óbviamente foram massacrados pela crítica. No entanto, visto hoje, percebe-se que os Beatles foram inovadores e tentaram fazer algo diferente mas foram radicais, opondo-se a imagem dos filmes anteriores e chocando seus fãs na quela época. Só uma coisa foi unanimidade: a trilha sonora. Apesar de fugir do convencional, na minha opinião este é um belo exemplar da cultura dos anos 60 e suas extravagâncias.



Yellow Submarine


Na época da produção deste incrível desenho animado, os Beatles como grupo estavam começando a se desfacelar. Entretanto, havia uma cláusula para a realização de mais um filme, o que os obrigaria a entrar em cena novamente. Como haviam sido apedrejados pelo filme anterior Maginal Mystery Tour, e os interesses de cada um já não era o mesmo, os 4 estavam totalmente desmotivados em aparecer na tela grande. Porém a sorte ainda estava do lado deles, e como anos antes uma série de desenho animado feito para tv por um produtor chamado Al Brodax tinha sido bastante popular na época, Al propôs a Epstein dar-lhe uma chance de realizar um longa metragem, contando que os Beatles criassem algumas faixas inéditas. Os Beatles no início não levaram fé no projeto, e as tais canções inéditas não passavam de sobras de estúdio que foram liberadas para a produção, o que foi um grande equívoco deles, pois o desenho, agora sabemos, ficou uma obra prima, e os 4 gostaram tanto que resolveram até participar em carne e osso da cena final. O filme tinha um estílo único e influenciou toda a produção animada das décadas posteriores.


Let It Be


É o pior filme dos Beatles, pois foi feito na pior época de relacionamento dos 4. Foi mais uma idéia de McCartney tentando manter o grupo unido que não deu certo, e a priori, parece que favoreceu ainda mais sua desunião visto que o próprio McCartney tentou trazer a maioria das atenções do filme para ele, e ainda compôs a música GET BACK como uma letra que parecia fazer uma alusão a Yoko Ono. É um documentário para os fãs, vale como documento histórico e óbviamente pelas belas canções que por mais difícies que fossem a situação deles, sempre se sobressaíam. Embora a história cinematográfica dos Beatles terminassem por aqui, seus filmes bem como sua música acabaram tendo um significante impacto e influencia sobre aquela geração.

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